às corridas. tenho andado mesmo muito preguiçosa...
desde o verão, altura em que tentei retomar a atividade física e mantê-la com alguma regularidade, que não tinha mexido uma perninha em prol do bem estar da minha massa muscular. e ontem de manhã, como que um chamamento do além, deu-me uma vontade enorme de ir correr.
estava meio nublado, por isso estava bom, aparelhei-me toda, decidi pôr o carro ao caminho e fui até Belém. só que fui eu e metade da população de Lisboa. há imenso tempo que não ia para estes lados correr, tenho utilizado um circuito a 300 ou 400m de casa, não é o que mais gosto, mas é o mais simpático para que num final de dia de trabalho não tenha que pegar no carro.
pelo que pude constatar , em Belém, só se deve conseguir circular bem às 6 da manhã, porque às 10h, correr é uma tarefa mesmo muito difícil de concretizar.
entre a forte probabilidade de ser atropelado por uma bicicleta ou até por um carro que tem que estacionar quase em cima da linha da água, entre o receio de levar com um anzol entre os olhos, ser atacada por uma gaivota ou ser mordido por um canídeo, há de tudo.
ainda sou do tempo em que se contavam pelos dedos de uma mão os corredores junto ao rio ou aqueles que como eu se limitavam a andar. mas a verdade é que acaba por ser bom de ver e de perceber a consciencialização do comum mortal em querer ficar em forma, em querer estar bem. e a verdade é que ontem voltei a sentir-me bem, muito bem. quase 9 km em que apenas consegui correr 1/3 do percurso, o restante foi efetuado em passo acelerado. mas vou ter que recomeçar tudo de novo. é este o problema das paragens, o recomeço. perco resistência, perco velocidade, perco capacidade de respiração.
mas estou de novo com vontade.
o stress, a ansiedade, a angústia, tomaram conta de mim nos últimos tempos e há muito que não dormia uma noite tão descansada como esta.
soube mesmo muito bem.
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